Rituais de acasalamento

Ontem ao ter saído à noite com alguns amigos meus, chegámos à conclusão que nos bares e discotecas apanhamos situações que mais parecem saídas de um documentário do National Geographic sobre rituais de acasalamento.

Quem nunca saiu à noite e viu alguém a fazer-se valer das roupas de marca ou das jóias pra tentar engatar alguém, tal como o pavão se faz valer das penas enormes e coloridas da cauda para atrair as fêmeas.

Outro exemplo é as lutas que acontecem quando alguém deita o olho a alguém que já é comprometido. Nestes casos existe sempre a confrontação seguida, muitas vezes, pela agressão física. Isto acontece todos os dias no mundo animal em que o "Macho Alfa" não deixa os outros machos se aproximarem das suas fêmeas.

Outro factor que me recorda os rituais de acasalamemento é o facto de que, no final da noite, já existe muita feromona no ar, (aquilo que se costuma denominar de CATINGA), que o corpo vai produzindo naturalmente devido ao ambiente fechado provocar muita tensão sexual entre todos os machos e fêmeas. Esta tensão sexual leva-nos aos instintos mais primitivos do ser humano, o que provoca a tal libertação daquele cheiro característico.

Por fim, e o que me mantém mais interessado na observação destes rituais, é as diversas vertentes da dança de acasalamento que se encontra nestes lugares. Estas danças variam consoante o sexo, idade, jeito e nivel de alcoolémia do espécime em causa. Existe o abanar de cintura, de ancas, o roça-roça, o levantar os braços no ar (que está relacionado com o tópico descrito antes), o piscar de olhos, o fazer beicinho, o lamber de lábios, enfim.... existe uma grande variedade à escolha.

Vendo isto tudo chego a uma conclusão: porque hei-de eu perder tempo a ver o National Geographic na TV lá de casa, quando posso assistir a tudo isto e ainda apreciar um bom copo e uma boa música.